. Escola /Família

"Quando cada um conhece a importância 

do seu papel dentro da escola, o resultado 

é o crescimento pessoal de todos os envolvidos."

Recados que denunciam versus recados que informam

Numa das minhas conversas com uma mãe, ela falava-me muito aborrecida, da quantidade recados, na caderneta do filho, que uma professora enviava.   
Porque estava distraído, por que se virou para o colega a falar, porque estava a olhar lá para fora …
Coisas corriqueiras, de crianças que  ainda pensam em brincar.

Muitos professores caiem no exagero de enviar recados aos pais, por tudo e por nada, em vez de agirem logo, no momento certo para aplicar o castigo, referente ao acto praticado pelo aluno. Se o comportamento 'inadequado' ocorre na sala de aula, é na sala de aula que  deve estar a solução! E ai sim, vir um recado, a informar que o erro foi corrigido de determinada maneira.

Este meu modo de pensar foi vivificado numa das minhas pesquisas pela internet, encontrei um blog, onde um dos artigos era:

"Mãe, a professora mandou um bilhete." 

O artigo era interessante pois falava no excesso de bilhetes, (recados) trocados entre a escola e os pais. Concordando, ou não, com muito do que lá dizia, pois para mim em casa dá-se educação, na escola formação, não pude deixar de me surpreender com o comentário de uma Professora, que passo a citar.

“. A escola, cada vez mais, precisa ser um espaço para formar PESSOAS MELHORES.  Seres humanos que saibam dialogar, que saibam questionar respeitando diferentes opiniões, que saibam ouvir e posicionarem-se, que saibam tomar decisões ponderadas. A família é um espaço educativo particular, íntimo, privado. A escola é o espaço educativo da colectividade, da troca entre pares...

 É na escola que nossas crianças tem o privilégio de viver em sociedade -  grupo!!!

 Devemos mediar e ajudar na busca de soluções. Um aluno responder com agressividade não é nada agradável. Mas precisamos de ajudar estes adolescentes e crianças a criarem estratégias mais assertivas na solução de conflitos, a expressarem os seus sentimentos de forma mais saudável e aceitável. Existem estudos em educação que nos ajudam com isso, existem cursos de formação para isso, livros, textos na internet. E, existe, o bom senso, a co-responsabilização

Nós somos responsáveis pela formação dessas pessoas que passam grande parte da vida em nossa companhia.”

       Por: Pati Ottoni 

Em:

ombudsmae.blogspot.pt/

De um modo geral, as escolas, só querem os alunos obedientes e que aprendam rápido, tudo o resto é considerado rebeldia e transgressões às regras de convivência ou a não adequação a um modelo ideal em relação ao ritmo de aprendizagem, ou ao comportamento.

É preciso ter a percepção de que a    inquietação é própria da idade. Faz parte do seguimento de evolução e de procura do conhecimento. É necessário aceitar as diferenças. "A adolescência, em especial, é a fase de descobrir e de testar limites", diz o psicólogo português Daniel Sampaio, autor de Indisciplina: Um Signo Geracional."

Parece-me que nesta correria em que toda agente anda, sobra pouco tempo para conversas entre alunos, pais e professores, o que seria saudável para descobrir por que muitos alunos têm comportamentos alterados, seja em casa ou na escola. Se pais e escola trabalhassem em conjunto, sem achar que um estaria a invadir o espaço do outro, se família e escola pudessem partilhar vivências e conhecimento, dialogando entre si dando o exemplo aos mais novos que desta forma tomam-se as decisões mais acertadas em beneficio de uma sociedade melhor.

Por: Paula Costa

"Uma das profissões mas difíceis é de ser pai, 

e é a única para a qual não há formação (cit. In Ausloos, 1996, p.153)."

" Estudos recentes mostram que em vários países,
 nas últimas décadas, que se os pais se envolverem na educação dos filhos,
eles por ora, obtêm melhor aproveitamento escolar."

"A Escola é, com frequência, atentamente 

vigiada pelos pais que lhe confiam os seus filhos 

com uma mistura de confiança e de desconfiança."

"É muito importante que família e escola se unam na
 criação de uma “aliança” com vista a conseguirem ajudar
 educandos e consequentemente alunos, de forma a que os consigam
tornar cidadãos ativos e capazes de agir na sociedade dos nossos dias. "